CID-11: Novas Diretrizes para o Diagnóstico e Inclusão do Autismo
CID 11 entrou em vigor no Brasil!! Entenda o que muda na classificação do autismo.
CID-11 e o Autismo: Entenda as Mudanças e o Impacto na Educação Inclusiva
A Classificação Internacional de Doenças (CID-11) entrou em vigor no Brasil em 1º de janeiro de 2025, trazendo mudanças significativas na forma como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é classificado. Essa atualização impacta diretamente a área da educação inclusiva, exigindo que educadores e profissionais se atualizem para melhor atender às necessidades dos estudantes autistas.
Principais Mudanças na CID-11 para o TEA
A principal mudança em relação ao TEA é a unificação dos diferentes subtipos que antes eram separados, como autismo infantil, autismo atípico e Síndrome de Asperger, em um único diagnóstico: Transtorno do Espectro Autista. Essa mudança visa simplificar o diagnóstico e facilitar o acesso aos serviços de saúde.
A CID-11 também traz instruções mais detalhadas para a classificação do TEA, considerando o nível de comprometimento intelectual e da linguagem funcional. As categorias agora são:
* 6A02.0 - TEA sem Transtorno do Desenvolvimento Intelectual e com leve ou nenhum prejuízo da Linguagem Funcional.
* 6A02.1 - TEA com Transtorno do Desenvolvimento Intelectual e com leve ou nenhum prejuízo da Linguagem Funcional.
* 6A02.2 - TEA sem Transtorno do Desenvolvimento Intelectual e com Prejuízo da Linguagem Funcional.
Implicações para a Educação Inclusiva
As mudanças na CID-11 exigem que os profissionais da educação se adaptem e compreendam as novas diretrizes, para que possam oferecer um suporte adequado aos alunos com TEA. É fundamental que a escola promova um ambiente inclusivo, que valorize a diversidade e respeite as necessidades individuais de cada estudante.
Algumas práticas importantes para a inclusão de alunos com TEA:
* Formação continuada para professores: para que estejam aptos a identificar as características do TEA, elaborar estratégias pedagógicas individualizadas e promover a participação ativa dos alunos com TEA em sala de aula.
* Adaptação curricular: flexibilização de materiais, atividades e avaliações, considerando as necessidades específicas de cada aluno.
* Uso de recursos e tecnologias assistivas: que podem facilitar a comunicação, a aprendizagem e a interação social dos alunos com TEA.
* Criação de um ambiente escolar acolhedor e inclusivo: que promova o respeito à diversidade, o combate ao bullying e a valorização das diferenças.
Conclusão
A atualização da CID-11 representa um avanço importante na compreensão e no diagnóstico do TEA. No contexto da educação inclusiva, é essencial que educadores e profissionais se mantenham atualizados sobre as mudanças e estejam preparados para oferecer o suporte necessário aos alunos com TEA, garantindo que eles tenham acesso a uma educação de qualidade e a oportunidades de desenvolvimento pleno.
Palavras-chave: CID-11, TEA, Transtorno do Espectro Autista, Educação Inclusiva, Autismo, Diagnóstico, Classificação, Adaptação Curricular, Recursos Assistivas.